Em reportagem, Globo destaca pesquisas para o SBTVD

A TV Globo, em uma longa reportagem apresentada no Jornal da Globo na noite de sexta, 28, deu destaque, pela primeira vez, ao desenvolvimento do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), que vem sendo conduzido pelo Ministério das Comunicações em conjunto com o CPqD e com dezenas de instituições de pesquisa. A emissora nunca havia tratado o tema de forma tão extensa.

A reportagem exaltou o desenvolvimento de tecnologias para TV digital no Brasil, citou especificamente o trabalho das universidades Mackenzie, Universidade Federal da Paraíba e do Laboratório de Sistemas Integrados da USP, falou de pesquisas nacionais na área de modulação e interatividade.

Em entrevista, o ministro Hélio Costa voltou a ressaltar que a TV digital estará disponível na Copa de 2006 para alguns usuários. A reportagem reafirmou os prazos oficiais (dezembro para a conclusão dos relatórios e fevereiro de 2006 para a decisão pelo presidente Lula) e disse que o padrão brasileiro será "90% baseado nas tecnologias existentes no mundo". Ricardo Benetton, diretor de TV digital do CPqD, afirmou que "não existe hipótese de o Brasil não ter um padrão".

Definição

Mas o fato mais significativo da reportagem foi o fato de afirmar, de forma definitiva, que todo brasileiro terá acesso às transmissões das redes de TV aberta em terminais móveis, de forma gratuita. Essa é a posição defendida pelos radiodifusores (Globo inclusive) que, de certa forma, se opõem a outras alternativas, como por exemplo o leilão das faixas que seriam usadas para a TV móvel ou a adoção de um modelo que envolvesse diretamente a participação das empresas de telefonia móvel.

Conforme tem sido observado por este notíciário junto a diferentes fontes que participam do processo, inclusive fontes ligadas aos radiodifusores, existem algumas preocupações fundamentais entre as emissoras de TV em relação ao modelo que o Brasil adotará para TV digital.

As emissoras querem garantias de que a alta definição estará disponível e de que todas elas poderão oferecer TV na sua forma móvel. O governo trabalha com maior ênfase na questão do uso de tecnologia nacional e na possibilidade de interação. Correndo por fora, empresas de telefonia móvel e outros setores que hoje não participam do mercado de radiodifusão querem saber que papel elas desempenharão no modelo de TV digital.





Informação: TELA VIVA News