Emissoras investem para reconquistar prestígio entre os anunciantes

Entre as mídias preferidas pelos anunciantes para a divulgação de serviços e produtos, o rádio é destaque como uma das mais econômicas, devido ao baixo custo que representa para a produção publicitária. Também é um dos poucos meios que pode estar presente em qualquer lugar, em qualquer situação, seguindo até a movimentação de seus ouvintes, condição fundamental para a liderança de audiência em determinados horários. No entanto, nem sempre essa característica é levada em conta por agências e empresários, que preferem apostar em outros veículos, como a televisão, embora reconheçam que, financeiramente, isso acarreta investimentos mais altos.
Para reverter esse quadro e conquistar mais anunciantes, emissoras gaúchas seguem as tendências do mercado e têm buscando alternativas para vencer a “discriminação” que o meio sofre, apostando em pesquisas de segmentação de público, qualificação dos departamentos comerciais das emissoras e investimentos em seus quadros de pessoal, para fazer com que os clientes confiem na credibilidade e na penetração que o veículo oferece.
Na Rádio Encanto FM, de Encantado, essas práticas vêm sendo realizadas e obtido sucesso, de acordo com o diretor comercial da emissora, Julio Rippol, que há dois anos comanda uma equipe que inclui funcionários terceirizados. Com faturamento crescente desde 2000, a rádio mantém 34 anunciantes fixos ao longo do ano, espalhados entre as 88 cidades da área de cobertura da Rádio, que atua no Vale do Taquari. “Temos a vantagem de lidar com uma região de alto poder aquisitivo, o que facilita o nosso trabalho e coloca o rádio como a principal mídia regional. No entanto, é o poder de convencimento de nossa equipe e as pesquisas de audiência que garantem o sucesso na área comercial. As pesquisas de mercado funcionam como a gasolina para o carro: sem elas, o veículo não anda”, destaca Rippol.
Segundo ele, que busca e trabalha diretamente os clientes, sem intermédio de agências, outro recurso fundamental é manter a parceria com o anunciante, o que potencializa ainda mais a carta de clientes da rádio. “Não adianta só achar que a rádio é boa, meu cliente tem de ter esta certeza, e cabe a nós dar a ele as condições de comprovar isso”, ressalta Rippol.
A Rádio Gaúcha AM de Porto Alegre, que fechou 2003 com um faturamento de mais de R$ 22 milhões, o segundo maior do país, perdendo somente pela CBN de São Paulo, também comprova aos anunciantes e ao mercado que, quando bem trabalhada, a mídia rádio pode se revelar numa grande surpresa. Com uma média mensal de faturamento de R$ 1,88 milhão líquidos no ano passado, e cerca de 600 clientes contabilizados por ano, a empresa também investiu na “estratégia do produto” e na da integração da área de produto com a área comercial, que é comandada por Antônio Donádio, gerente executivo de comercialização e marketing. Como resultado, já conta com números, no primeiro semestre deste ano, superiores aos do mesmo período do ano passado.
A satisfação dos clientes que reconhecem no rádio uma mídia poderosa também tem sido fundamental para reverter a velha idéia de que anunciar em rádio não traz bons frutos. Aos poucos, um número cada vez maior de clientes têm entendido que desprezar o meio não é uma conduta correta. Assim confirma o diretor de marketing do Banco Matone, Carlos Alberto Carvalho, que aposta na versatilidade, instantaneidade e, sobretudo, “no forte vínculo emocional do rádio com a comunidade”, para acertar na estratégia de marketing do CrediMatone, um produto em crescimento. “O meio rádio sempre foi considerado muito importante na nossa estratégia de comunicação, e o retorno tem sido bastante satisfatório, em todas as praças nacionais onde anunciamos”, afirma Carvalho.
Investindo em anúncios variados, como spots que retratam situações, spots testemunhais e, principalmente, apostando forte na musicalidade característica de suas peças comerciais e nos jingles, a empresa tem se destacado entre os anunciantes da Rádio Gaúcha. Satisfeito com o retorno obtido, Carvalho afirma que não está nos planos do CrediMatone deixar o rádio de lado e, quando perguntado se nos planos da empresa para 2005 estão incluídas campanhas de rádio, ele responde: “Certamente no elenco de alternativas para divulgação da nossa marca, em 2005, consta a presença do rádio em posição de relevância. Ele tem nos auxiliado na comunicação da empresa e consolidação de nossos atributos e vantagens competitivas”, conclui, comprovando que o rádio pode e caminha rumo à recuperação do prestígio que um dia já obteve dentre os anunciantes brasileiros.

Informação: Sindirádo

Realizadores criticam cobertura da mídia sobre a Ancinav

Um grupo de 344 profissionais e 55 entidades e instituições assinou o um
manifesto condenando o destaque dado pela mídia "aos que criticam a criação de um órgão gestor e a própria regulamentação do setor audiovisual no país", na cobertura da discussão sobre o anteprojeto de criação da
Ancinav. Segundo o manifesto, distribuído para a mídia nesta terça, 26, "é natural que os grupos de comunicação temam um ambiente regulatório em segmentos nos quais têm prevalecido as leis do mercado, mesmo que isso favoreça a formação de monopólios".

Os signatários do documento defendem ser "imprescindível que as normas a
serem aprovadas também proporcionem ao Estado condições de fomentar o
desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva, além de dotar o país de uma legislação moderna, que lhe permita enfrentar os desafios tecnológicos do presente e futuro".

O manifesto destaca alguns pontos do anteprojeto que receberam a concordância de todos os signatários. São eles:

1. A Ancinav deve ter asseguradas suas funções como reguladora e fiscalizadora das atividades cinematográficas e audiovisuais;

2. A ação da Ancinav deve abranger o conjunto das atividades desse setor e não apenas o cinema, de modo a “garantir o desenvolvimento e a preservação
do patrimônio cultural e assegurar o direito dos brasileiros de ver e produzir sua imagem, fortalecendo a diversidade cultural” (Artigo 3º. do Anteprojeto);

3. O anteprojeto deve manter suas características como efetivo instrumento
para o desenvolvimento do setor audiovisual com ênfase no apoio à produção
independente;

4. As normas que compõem o anteprojeto devem tratar de maneira isonômica os diversos segmentos do audiovisual, inclusive as prestadoras de serviços
de radiodifusão de sons e imagens e outras prestadoras de serviços de telecomunicações, garantindo a presença da produção brasileira e da produção independente e regional em todos esses segmentos.

Resistência

O manifesto garante que os signatários continuarão "desenvolvendo todos os
esforços para que as reações provocadas pelo anteprojeto não resultem nas mesmas resistências que postergaram por treze anos a implantação do Conselho de Comunicação Social e impediram até hoje a regulamentação dos artigos constitucionais que se referem à produção audiovisual independente e à regionalização da programação das televisões".

Assinaram o manifesto realizadores e associações importantes da área de
produção independente de cinema e de televisão.

Informação: Tela Viva News

Rádio – Enfim, a comemoração!

O Rádio , parece-me, tem muito a comemorar. Se não for ainda pelo destaque na concentração dos investimentos publicitários de todo o mercado, que seja pelo menos pela crescente presença de especνficas marcas, até então distantes do universo de facilidades hoje proporcionadas pelo rádio. Se não for pelos constantes investimentos dos grandes empresαrios, que seja então pelo reconhecimento do privilegiado universo ouvinte, cada vez mais fiel a suas grifes sonoras, potencializando resultados de diversas ações publicitárias do rádio. Se não for pela dinâmica da sua programação retratando o próprio dinamismo do dia-dia do ouvinte, que seja pela sua capacidade de ousar, criando nobres e importantes campanhas, tanto sociais como mercadológicas, dignificando e aperfeiçoando ainda mais a prestação de serviços, indiscutivelmente a maior propriedade do rádio. E se não for pelo maior equilíbrio da relação custo/benefício, invariavelmente garantindo a maior rentabilidade, que seja pela alternativa do menor custo absoluto da mídia. Se não for pela fidelidade com que retrata os hábitos e costumes das comunidades, que seja pelo seu poder de cobertura local, integrando as marcas do cotidiano dos ouvintes através da programação e dos grandes e eficazes comunicadores do rádio.

Enfim, se não for pelos fortes, tradicionais e imbatíveis valores do meio, enquanto canal de comunicação publicitário, que seja em reconhecimento o atual movimento realizado pelo meio e pelos profissionais do rádio.

Os trabalhos e os movimentos manifestados pelo rádio foram e são diversos. Em todos, o objetivo maior do “re”, do resgate ao re-posicionamento.
Liderado pelo Grupo dos Profissionais do Radio (GPR), o meio já adquiriu, a meu ver, uma nova dimensão em todo o mercado publicitário.

Se antes o meio era, equivocadamente, preterido ou mesmo conceituado apenas como complemento nas estratégias das grandes marcas, hoje,
mesmo diante de ousados objetivos mercadológicos, exige, pelo menos, consideração.

E com razão. Seus nϊmeros, sua forηa, sua eficαcia, sua eficiência, sua flexibilidade, sua dimensão e seus resultados são positivos o suficiente para fortalecer qualquer argumentação em seu favor.
Embalado por pesquisas, por eficazes apresentaηυes, por eficientes campanhas e, evidentemente, por imbatνveis resultados, o rαdio esta, acima de tudo, resgatando a sua prσpria força.

Mesmo diante da percepção da importância do valor tιcnico, associado a eficαcia e a eficiência, muitas vezes o rαdio era desafiado pela intensa competição da mídia, notadamente pelo dinamismo das propostas dos demais meios, das novas plataformas, das novidades embaladas por novas modalidades comerciais.

No entanto, percebo que o rádio, motivado pelo seu vitorioso movimento, decidiu encarar a concorrência de frente.
E o resultado positivo o encoraja para o melhor.

Aos românticos profissionais que sempre se referiram ao meio com o sabor da nostalgia, boas novas. O rádio estα alimentando a sua competição de mercado com as mesmas armas que os demais meios de comunicação. E ampliando a sua participação de mercado.

Aos privilegiados profissionais que já desfrutaram da eficácia do rádio no passado e por alguma razão alteraram estratégias atraídos por alternativas inovadoras, reflitam. O rádio está potencializando resultados em diversos formatos, modalidades e momentos. E propondo, como sempre, positiva sinergia com os demais meios envolvidos na mesma campanha.

Enfim, aos resistentes profissionais, especialmente aqueles que julgam que a conquista da eficαcia de suas campanhas só pode ser entregue pelas plataformas modernas, revolucionαrias, interativas, localizadas e integradas a linguagem do universo consumidor, reconsiderem o rádio.
E ele o meio que, alιm de garantir a você a informação, o entretenimento, a diversão, melhor trabalhara para você e para a sua marca.