Associação Brasileira de Radiodifusão (Abra) contra a fusão da DirecTV/Sky

A recém-criada Associação Brasileira de Radiodifusão (Abra), formada pelas redes de TV Bandeirantes, Record, SBT e Rede TV!, tem em pauta para sua primeira reunião, marcada para novembro, a fusão das empresas DirecTV e Sky, líderes no mercado de TV por satélite.

A entidade se posicionará contra a operação, por acreditar que constitui a criação de um monopólio.

Informação:Sulrádio/ Comunique-se /Estadão

ABERT solicita flexibilização do horário do "A voz do Brasil" durante a hora de verão

A ABERT encaminhou, no dia 26.10, ofício ao Ministro Luiz Gushiken, responsável pela Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República, solicitando que as emissoras localizadas nos Estados não abrangidos pela hora de verão, instituída pelo Decreto nº 5.223, possam gravar o programa "A Voz do Brasil" e transmití-lo às 19 horas do horário local durante o período de vigência do horário de verão.

Informação: ABERT

Reunião entre Comissão da AGERT e Representantes Comerciais

Com a presença do presidente da Agert, Afonso Antunes da Motta, foi realizada, no dia 26 de outubro, na sede da entidade, uma reunião entre a Comissão da AGERT de Apoio à Comercialização junto às Entidades Públicas e os Representantes Comerciais das rádios. O objetivo na reunião foi definir um critério e margem de comissão a ser paga pelas empresas de rádio do interior. Embora a maioria dos representantes tenha aceito uma comissão única para casos específicos de publicidade, a orientação final foi de que os radiodifusores que não tiverem atendidos os seus interesses negociem diretamente com os seus representantes.

A Comissão da AGERT tem na coordenação o radiodifusor e vice-presidente de relações governamentais, Roberto Cervo (Melão) e a participação dos radiodifusores Pedro Edir Farias, Carlos Piccoli, João Pedro Müller e Myrna Proença. Segundo Melão, as tratativas foram para definir a comissão em 10% e, mesmo tendo sido aceito por alguns representantes presentes, não houve consenso. "A recomendação é de que os Associados façam a negociação com o seu Representante", declarou.

Estiveram presentes os seguintes representantes comerciais, Raul Correa, Solange Correa, Fernando Rodrigues, João Rafael Pandolfo, Fábio de Oliveira Romano, Júlio Cezar Pontes, Leonardo Amaral, Tadeu Amaral e Fernando Melecchi.

Representando a AGERT estavam, além do presidente Motta, Roberto Cervo (Melão) e Pedro Edir Farias.

Lula e Gil recebem delegação pró-Ancinav

Está cada vez mais claro que a briga política pela viabilização da Ancinav será forte de todos os lados, tanto dos que estão contra, quanto dos que estão a favor do projeto. Mais um passo importante dessa guerra será a audiência conjunta entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Cultura, Gilberto Gil, com o grupo de realizadores do setor audiovisual brasileiro que assinou o manifesto de apoio à nova agência. Entre os presentes ao evento, que acontece nesta quinta, 27, no Palácio do Planalto (15h30), estarão Nelson Pereira dos Santos, Tizuka Yamasaki, Luiz Carlos Lacerda, Geraldo Moraes e Assunção Hernandes. A declaração pública de apoio dos realizadores tem 348 assinaturas e engloba 55 instituições e entidades do setor. Nessa declaração, pedem para que o governo leve adiante a proposta de criar a Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual nos termos já colocados. O secretário-executivo do MinC, Juca Ferreira, e o secretário do audiovisual, Orlando Senna, também participam do encontro.

Informação: Sulrádio/ Tela Viva News

Livre arbítrio

O direito de escolha é sagrado para o ser humano. Ele permite que ao exercitar a liberdade em cada gesto voluntário, seja ele intelectual ou físico, o homem se realize como tal. Ambos tem o mesmo valor para quem o pratica. É o famoso livre arbítrio que todos gostaríamos de ter como norma em nossa curta ou longa vida.

Ser livre para escolher sempre que temos mais de uma possibilidade é uma conquista da maturidade existencial de cada um de nós. Que devemos perseguir com convicção na vida.

Porque o determinismo apequena o homem. Retira-lhe a capacidade de se construir pelas suas escolhas feitas.

Não há dúvida de que somos o resultado daquelas grandes e pequenas escolhas realizadas na vida.

Por isso, a nós, comunicadores por dever de oficio, nos provoca tamanho constrangimento toda tentativa de limitar o direito de escolha de quem quer que seja. Principalmente de nossa audiência. Porque aprendemos a respeita-la. E porque temos esse compromisso com a liberdade de escolha dos ouvintes e telespectadores, reivindicamos a reformulação de toda lei, que, de uma maneira ou outra, pretenda escamotear o seu direito de escolha.

Por isso, há anos tentamos, via jurídica, modificar o exemplo mais gritante, em nosso meio, de liberdade tolhida: A transmissão da Voz do Brasil. Obrigar a uma nação inteira a ouvir a mesma mensagem, no mesmo horário, neste país que tem no seu mapa humano a marca da pluralidade é uma vergonha.

Alguns tribunais, menos do que precisamos, têm permitido o direito de escolha da audiência de ouvir às 19:00 horas o programa que mais lhe agradar.

A nossa luta contra a obrigação de transmitir a Voz do Brasil continua porque é digna, pertinente, desejada por nossos ouvintes.

Surpreende que, em pleno século 21, esse exemplo de atraso e autoritarismo continue sendo praticado. E o que é pior, apoiado por outros poderes que deveriam ser os defensores da Liberdade: O Judiciário e o Legislativo.

Editorial publicado no AGERT Informa de Outubro/2004.

Futuros dispositivos de apresentação de notícia

Pesquisadores e adeptos da mídia digital estão sempre pensando a melhor forma de exibir informações para um determinado público. Há cada instante são pensadas formas de se inserir conteúdo noticioso em dispositivos já existentes ou então um novo dispositivo é planejado.

Segundo notícia do Yahoo! News do último dia 21, a Texas Instruments começou a desenvolver o chip "Hollywood", para telefone celular, capaz de receber transmissões ao vivo de vídeo usando padrões emergentes de envio de sinais de TV. Em 2006 o chip (talvez uma versão experimental) já começa a circular, mas o lançamento oficial, de acordo com a nota, se dará em três anos.

Aliás, depois da música e do sucesso dos camphones (celulares com câmera digital, capazes de fazer fotos e pequenos vídeos), transmissão ao vivo parece ser o próximo alvo/passo das empresas por trás da telefonia móvel.

Percebendo que a questão dispositivo e conteúdo está em alta, na Alemanha, a publicação dHeise.de, edição digital da Heise, iniciou uma discussão bem interessante sobre dispositivos apropriados para leitura de notícias no futuro. Foram mencionados monitores TFT - uma espécie de tela plana de cristal líquido (LCD) e também um dispositivo semelhante a um óculos.

É certo que muitos dispositivos como esses podem não sair do papel, alguns podem sair do forno em breve e outros já são realidade. E, falando em realidade, porque não mencionar uma das mais novas apostas na questão dispositivo/conteúdo? A fabricante suíça de relógios Swatch fechou acordo com a Microsoft e lançou um relógio que recebe informações (horóscopo, meteorologia, notícias e etc) do serviço MSN Direct. Segundo Marcelo Balbio, colunista do caderno de Informática do jornal O Globo, o relógio, batizado de Paparazzi, está custando, nos EUA, US$ 150.

Os acontecimentos acima, a criação ou o simples planejamento de novos aparelhos que parecem ter mais vida, não param de se repetir e nos mostram que não importa que tipos de dispositivos venham a surgir, está mais do que claro os aparelhos que nos acompanham no dia-a-dia estão deixando de ser passivos e nos manterão cada vez mais informados.

Em tempo:

para quem gosta dos assuntos dispositivos e conteúdo ou novas formas de se apresentar conteúdo, recomendo leitura de artigos e posts de Katja Riefler. Ela é consultora independente em mídia interativa para a indústria de notícia alemã e foi autora do primeiro livro em alemão (lançado em 1995) sobre jornais migrando para o meio online. Atualmente ela escreve no site Poynter.org.

Informação: Sulrádio/ Comunique-se

Divulgação de dados poderá ter novas regras

A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou na semana passada o Projeto de Lei 2600/00, do ex-deputado Evilásio Farias, que proíbe a divulgação e cessão de dados de terceiros com a finalidade de enviar material publicitário ou propostas de cunho comercial. Evilásio Farias defende o direito de o cidadão optar pelo recebimento ou não de material publicitário em casa ou no trabalho.

A matéria já foi aprovada pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. O deputado Salvador Zimbaldi (PTB-SP), que relatou a proposta, acatou uma emenda do deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ) que exclui das condições impostas pelo projeto as correspondências de cunho religioso e de caráter político, e ainda, aquelas remetidas por entidades filantrópicas.

Parecer favorável
O relator da matéria na Comissão de Defesa do Consumidor, deputado Celso Russomanno (PP-SP), apresentou parecer pela aprovação do projeto e da emenda proposta na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.

Segundo o relator, a proposição é atual e importante para estabelecer uma regra mais clara quanto à possibilidade de empresas e outros interessados poderem divulgar seus produtos e serviços diretamente e pessoalmente ao consumidor.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Informação: Sulrádio/ Agência Câmara

Sucessão na Anatel - Governo usa estratégia de risco para nomear conselheiro

A estratégia do governo em relação à nomeação de Plínio de Aguiar Júnior para o cargo de conselheiro da Anatel é de alto risco e pode comprometer o funcionamento da agência no futuro, segundo especialistas ouvidos por esse noticiário.

Basicamente, o que o governo fez foi indicar o nome de Plínio de Aguiar para complementar o mandato de Antônio Carlos Valente, que terminaria no dia 4 de novembro. A indicação foi aprovada em sabatina na Comissão de Infra-estrutura e posteriormente em plenário. Mas no dia 19, o senador José Sarney, na qualidade de presidente da Casa, simplesmente informou o Senado que a aprovação havia sido para um mandato de cinco anos.

Com base nessa mensagem de José Sarney, o governo deve nomear Plínio de Aguiar, apenas após o dia 4 de novembro, para todo um mandato completo até 2009, e não apenas para uma complementação.

Diferentes fontes consultadas por este noticiário se disseram "estarrecidas" com a falta de senso político do governo ao dar essa interpretação à votação realizada na Comissão de Infra-estrutura. O risco, segundo estas fontes, é alguém alegar, no futuro, a nulidade da nomeação do conselheiro para um mandato para o qual não foi efetivamente indicado, e nem sabatinado pelo Senado: “não estou questionando a capacidade do futuro conselheiro, que tem plenas condições de exercer o mandato, mas sim essa estratégia maluca para colocá-lo na marra em um mandato de cinco anos”, diz uma fonte com trânsito junto aos parlamentares. Um consultor vai mais longe: “se o Plínio for nomeado nestes termos, alguém poderá, no futuro, entra na Justiça e questionar o mandato do conselheiro e, por tabela, decisões das quais participou. É uma temeridade. Isso tudo faz parte do descaso com que o Executivo vem tratando as agências reguladoras”. O raciocínio é simples: uma empresa que se sentisse descontente com uma decisão de Aguiar poderia usar essa fragilidade jurídica como arma. Em geral as empresas evitam entrar em conflito com a Anatel, mas em um ambiente de enfraquecimento político da agência, isso pode acontecer. Isso para não falar na possibilidade de questionamentos vindos da sociedade.

Finalmente, há quem veja no atraso da nomeação do conselheiro uma estratégia do ministro Eunício de Oliveira para inviabilizar a ida de Plínio de Aguiar para a Anatel: “não há dúvida de que o ministro não engoliu a indicação, feita ostensivamente pelo deputado do PT carioca, Jorge Bittar. Acredito que ele gostaria de ver na Anatel alguém mais próximo de seus interesses, talvez o secretário executivo, Paulo Lustosa, sem as ligações petistas de Plínio Aguiar”, sugere outra fonte.

Resumo

A Comissão de Infra-estrutura do Senado aprovou por unanimidade (21 votos) o parecer da senadora Serys Slhessarenko (PT/MT) favorável à indicação do nome de Plínio Aguiar. Esse parecer é claro ao dizer que o mandato apenas complementa o mandato do ex-conselheiro Antônio Valente. Segundo informações de fontes da Casa Civil, o argumento pelos cinco anos estaria no parecer emitido na Comissão de Constituição e Justiça do Senado sobre o assunto. De acordo com a secretaria desta comissão, este parecer não existe, até porque os processos de indicação de conselheiros de agências reguladoras não passa por esta comissão, indo direto ao plenário. Uma outra curiosidade é que o parecer da senadora Slhessarenko ainda não está disponível no site do Senado. Mas o documento fornecido pelo gabinete da senadora de fato não traz nenhuma referência a um mandato de cinco anos.

Algumas fontes avaliam que teria sido mais prudente ao governo simplesmente mandar uma nova mensagem ao Congresso e submeter Aguiar a uma nova sabatina e votação, ou simplesmente ter esperado para fazer todo o processo depois de novembro.

Informação: Sulrádio/ Tela Viva News

Meio século depois do transistor, rádio passa por nova revolução

Há 50 anos, o primeiro rádio a transistor chegava ao mercado americano, revolucionando a indústria de eletrônicos. O TR-1, que tinha quatro transistores e custava cerca de US$ 50. Confira a história do TR-1 no site www.regencytr1.com.

Meio século depois, as revoluções vividas pelo rádio acontecem com maior velocidade. Primeiro foram as transmissões via internet, que permitiram, por exemplo, que o áudio de uma rádio brasileira fosse ouvido em qualquer parte do mundo.

Agora é a vez das transmissões digitais, que melhoram a qualidade do som. Rádios AM passam a ter áudio equivalente ao das atuais FM, enquanto as FM ficam com "som de CD".

Além disso, uma transmissão digital possibilita que o usuário pause ou retroceda o áudio, para retomá-lo na seqüência.

Claro que para desfrutar dos benefícios dos novos sistemas é preciso melhorar a infra-estrutura pessoal. Ouvir uma rádio via internet demanda uma conexão de banda larga e um programa para execução de áudio, como o Windows Media Player ou o Real Player. Para aproveitar a qualidade de um sinal de rádio digital é preciso comprar um aparelho com a tecnologia --que ainda não chegou ao Brasil--, da mesma forma que os rádios de válvula tiveram de ser trocados por modelos equipados com transistores.

No Reino Unido, as vendas de aparelhos de rádio digital já superam as dos convencionais. Uma pesquisa da Agência de Desenvolvimento de Rádio Digital (www.drdb.org), diz que 13 milhões de unidades serão vendidas até 2008, sendo mais de um milhão até o fim deste ano. Os preços hoje são de 49 (cerca de R$ 250), mas a expectativa é de que seja de 29 (cerca de R$ 150). Segundo o site da BBC (news.bbc.co.uk), os sinais digitais estão disponíveis para 85% da população.

Informação: Folha de São Paulo

Brasil é 66° no ranking da liberdade de imprensa

A organização Reporters Sans Frontieres divulgou ontem seu terceiro índice anual da liberdade de imprensa em todo o mundo. O estudo aponta a Ásia (Coréia do Norte, Mianmar, China, Vietnam e Laos) e o Oriente Médio (Arábia Saudita, Irã, Síria e Iraque) como as regiões onde a liberdade de imprensa é mais ameaçada. No caso, a mídia é independente ou não existe ou os jornalistas são perseguidos e censurados. Não há garantia de segurança para os jornalistas nem para a liberdade de informação.

Os países europeus Dinamarca, Finlândia, Islândia, Irlanda, Holanda, Noruega, Eslováquia e Suíça lideram o ranking da liberdade de imprensa. O Brasil figura na 66ª posição, junto com Equador e Guatemala.

Os Estados Unidos aparecem em 22º lugar no ranking, mas a presença americana no Iraque é considerada um risco e figura na 108ª posição. A RSF define o Iraque como o lugar mais perigoso para os jornalistas, já que 44 profissionais já morreram desde o inicio da guerra, em março do ano passado. O país ocupa a 148ª colocação no ranking.

Informação: Coletiva.net