Já é possível assistir TV na telinha do celular

A televisão agora cabe no seu bolso. E pode ser assistida na telinha do celular, ao vivo. O Link testou o serviço, que já é oferecido pela Vivo e pela TIM.

A Vivo oferece toda a programação aberta da TV Bandeirantes. O conteúdo da Band News e Band Esportes ainda não estava disponível no momento do teste, mas deve ser iniciado em breve. A TIM já oferece esses canais, além da Bloomberg, TV Câmera, TV Senado e canal do Vaticano, da TVA. Com isso, dá para acompanhar aquele jogo de futebol decisivo e ver as imagens das últimas notícias.

O Link usou o serviço da TIM, no novo celular Nokia 6600. Depois de baixar o aplicativo, é preciso escolher o canal. Conectar, porém, estava muito difícil, na ocasião. Uma vez estabelecida a conexão, a transmissão ocorre fluidamente, sem trancos. E a exibição se manteve por horas a fio. Há um atraso de cerca de 15 segundos, comparando com a exibição num aparelho de TV comum. Para escutar melhor o som, o ideal é adotar fones.

No teste feito o celular da Vivo, a conexão era estabelecida mais facilmente que no caso da TIM. Porém, o vídeo corria com menos fluidez. Dava para observar algumas pausas nos movimentos. O tempo de atraso era o mesmo que no do celular da TIM.
Até o fim do ano, os usuários da TIM poderão usar o serviço gratuitamente. A Vivo vai cobrar a assinatura mensal de R$ 12,49, mais o tráfego de dados. Isso significa pagar mais R$ 15, aproximadamente, por hora. O serviço da TIM está disponível em toda área de cobertura - onde há rede EDGE, o serviço é melhor. Os usuários da Vivo podem usar a TV onde há rede 1xRTT (445 municípios).
Os aparelhos da TIM habilitados para a TV no celular são o Nokia 6600 e o Nokia 3650. O único aparelho da Vivo compatível é o Kyocera Slider.

Informação: ABERT/ Estadão

Jabá e direito autoral mobilizam classe

Embora a incerteza e a hesitação ainda dominem as discussões da classe musical recém-reagrupada, parece consensual a proposta de que se criem diversos grupos de trabalho para levantar os principais problemas atuais do setor no Brasil e levá-los ao Ministério da Cultura.

A proposta inicial dos organizadores elenca dez grupos: de educação musical, capacitação profissional, meios de comunicação, difusão de música brasileira no exterior, preservação de memória, pirataria, direitos autorais, mapeamento, criação e formação de platéia e questões trabalhistas.

A dinâmica se acelera, Fernanda Abreu pede inscrição no grupo de direitos autorais. Jorge Vercilo reivindica a inclusão de grupo para a atividade dos músicos da noite ("em que sobrevivi muitos anos e ainda sobrevivo"); convencido, acaba inscrito no grupo trabalhista. Ivan Lins se autofilia ao dos meios de comunicação, em que a vedete será o famigerado jabaculê (pagamento de dinheiro por gravadoras para determinadas músicas estourarem em rádio e TV).

A compositora Joyce, da platéia, discursa pedindo especial atenção a três questões: a luta contra o jabá, a inclusão do ensino de música na formação escolar básica e a necessidade de extinguir a maioria das sociedades de arrecadação de direitos autorais no país.

Sobre esse último ponto, ela e outros participantes atacam a proliferação de sociedades subordinadas ao Escritório Central de Arrecadação de Direitos (Ecad) nas últimas décadas, enquanto países mais desenvolvidos possuem uma ou duas organizações.

Sobre o jabá, Joyce pede que a classe pressione firmemente o governo e o Ministério da Cultura: "É questão de corrupção, se neguinho está detonando briga de galo por que não encarar o jabá?".
Os direitos autorais também dominam a pauta, como na intervenção do compositor e guitarrista Cláudio Guimarães: "O Ecad é um entulho autoritário, quando lutamos por sua criação era a única luz no fim do túnel. Era bandidagem, Jards Macalé tomava tiro na rua por falar do assunto".

Lembrando a movimentação dos anos 70 que culminou na criação do Ecad, ele arranca gargalhadas da platéia: "Quando precisamos ter um representante no Conselho Nacional de Direitos Autorais (CNDA), o presidente Ernesto Geisel nomeou Roberto Carlos, o que é um drama".
Joyce lembra quando esteve no CNDA, entre os substitutos do Rei, "que era nosso representante e nunca foi lá": "Havia os advogados do "bem" e os da "hidra". O conselho tinha sua função, conquistou várias coisas para nós".

Guimarães comenta o presente, entre otimista e pessimista: "Para mim é gratificante, 30 anos depois, ver a classe tocando na ferida, apesar de ver também como estamos desorganizados".
Eis outra senha: a desarticulação entre os diversos ambientes da música nacional está na boca de todos os participantes. Aparece quando Abel Silva chama o sindicato de "defunto morto, que fede" e quando Dalmo Mota retruca que ele nunca foi ao sindicato. Aparece nas várias referências à desacreditada Ordem dos Músicos do Brasil, que tem um mesmo dirigente há quase 40 anos.

Aparece no resmungo de Tibério Gaspar, de que "o MinC traçou o plano por nós", e no truco de Fernanda Abreu, de que "a gente não traça nada". É ela também quem se irrita com os reclames de Abel Silva contra o sindicato: "Se você quiser acabar com o sindicato, a hora é agora".

Quem tenta afinar todos os instrumentos é Egeu Laus, atuante no Fórum Carioca de Música, que brinca que é designer, e não músico. Ele ataca a resistência de vários dos presentes em aceitar a presença da hidra de cinco cabeças na câmara setorial: "Interesses classistas não vêm ao caso. Todo mundo tem que ser obrigado a sentar na mesma mesa e se encarar. Se não for assim o mais poderoso faz seu lobby e vence tudo".

Pois um novo e grande lobby tenta se formar; São Paulo segue de perto a aceleração dos acontecimentos no Rio. "É igual a um estopim, já há mobilizações importantes aqui, em Brasília, no Pará. Não me lembro de ter presenciado algo assim em meus 45 anos", avalia o músico Juca Novaes. O panorama soma hesitações, desconfianças, descobertas, mas, como diria Vinicius de Moraes, abriu-se a porta da arca de Noé.

Informação: ABERT/ Folha de São Paulo

Combate à pirataria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, há dias, decreto que cria o Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual. A iniciativa foi tomada perto do fim do prazo dado pelo governo norte-americano para que o Brasil endurecesse as medidas de combate à pirataria, sob pena de exclusão do Sistema Geral de Preferências (SGP), mecanismo que reduz as alíquotas de importação de produtos vendidos pelos países em desenvolvimento. Dos produtos brasileiros exportados para os EUA, 13% fazem parte do sistema e respondem por uma receita de US$ 2,5 bilhões.

Uma das atribuições do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual será elaborar o Plano Nacional de Combate à Pirataria. Espera-se que o poder público não espere a conclusão desse documento para começar a agir ou o novo conselho terá o mesmo desempenho frustrante do antigo Comitê Interministerial de Combate à Pirataria, criado em 2001. É do interesse do País que bons resultados sejam obtidos a curto prazo e, para isso, devem atuar, em conjunto e permanentemente, as Polícias, a Receita Federal, os ministérios públicos e as prefeituras.

A Prefeitura de São Paulo, capital da pirataria no Brasil, por exemplo, deixou de cumprir o seu papel no mesmo dia em que foi assinado o decreto presidencial. Autoridades municipais inauguraram o "pop centro" da Bolsa Cerealista, na Avenida Senador Queirós, abrigando 600 camelôs. Com a inauguração, a prefeita Marta Suplicy cumpria, em parte, a promessa de organizar o comércio ambulante da cidade, devolvendo o centro aos pedestres e incentivando a revitalização da região.

Mas os "pop centros" deveriam ser fator de inibição de venda de produtos falsificados e contrabandeados. O projeto original estabelecia que os camelôs só poderiam vender mercadorias de origem legal, comprovada por meio de notas fiscais. Na data da inauguração, porém, bonés das marcas Nike e Reebok, bolsas Adidas e acessórios Hello Kitty, todos obviamente falsificados, estavam em exposição nas bancas, à vista das impassíveis autoridades presentes. Só um líder dos camelôs se dispôs a lembrar aos ocupantes dos boxes a obrigação de vender exclusivamente mercadoria legalizada.

A administração municipal transformou a questão dos ambulantes num problema de ordenamento urbano apenas, quando também se trata de caso de polícia. Transferir as barracas das calçadas para um prédio fechado é ação de alcance muito reduzido. É preciso fechar os ralos por onde escoam os produtos pirateados e retomar os trabalhos da força-tarefa que, durante o ano passado, reuniu Ministério Público Estadual, Receita Federal, Polícia Federal, fiscais das subprefeituras, Secretaria da Segurança Pública e outros no combate ao comércio de mercadorias contrabandeadas. Além das negativas repercussões econômicas, o comércio ambulante garante a sobrevida da antiga máfia dos fiscais. De quando em quando, casos de corrupção ainda surgem nas subprefeituras.
Há dois anos consecutivos, o Brasil se mantém na lista negra do Departamento de Comércio norte-americano como país que pouco faz para combater a pirataria. Em agosto, o USTR deu 90 dias de prazo para que ações contra a máfia da pirataria fossem iniciadas, sob pena de exclusão do SGP, prazo que se encerra em novembro.
Estudo realizado pelo Brazil-U.S. Business Council, publicado há dias pelo jornal Valor, revela perda anual de US$ 30 bilhões a US$ 60 bilhões em arrecadação de impostos no País por causa da pirataria. Os produtos falsificados provocam a perda de US$ 1,6 bilhão em vendas não realizadas e o desaparecimento 1,5 milhão de vagas de empregos formais. Mais de 60% de todos os softwares usados no País são piratas e essa indústria deixa de faturar US$ 1 bilhão por ano. De todos os CDs vendidos, 52% são falsificados, assim como 30% dos DVDs. O combate à pirataria não é, portanto, uma imposição dos Estados Unidos. Ele interessa, antes de mais nada, ao Brasil.

Informação: ABERT/ Folha de São Paulo - Editorial

Consulta pública - Alteradas características de emissoras e retransmissoras

A Anatel publicou nota no Diário Oficial da União desta sexta, 29, solicitando comentários sobre as possibilidades de alterar as características técnicas dos canais destinados à geradoras de televisão: 17E de Cuiabá/MT, 22 de Porto Velho/RO, e 6+E e 27+E de Caxias do Sul/RS. Também foram propostas alterações técnicas em 40 canais em cidades de 16 estados, incluindo três capitais Campo Grande/MS, Belém/PA e Aracajú/SE, e alguns pólos regionais importantes como Santarém/PA e Caxias do Sul/RS. Os interessados terão 30 dias corridos para manifestar-se sobre as mudanças.

Informação: Sulrádio/ Tela Viva News

Tribunal Superior do Trabalho reconhece: é preciso ter diploma de jornalista

A 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu a necessidade de diploma de curso superior em Jornalismo ou em Comunicação Social - Habilitação Jornalismo para exercer a profissão. A decisão foi unânime, com base no voto do relator, Carlos Alberto Reis de Paula, negando recurso de uma radialista catarinense. O relator disse que as leis em vigor mantêm a obrigatoriedade do registro no Ministério do Trabalho e exigência de diploma.

Informação: Sulrádio/ Correio do Povo

Governo pode desistir do projeto do CFJ

O interesse de liberar a pauta da Câmara dos Deputados pode levar o Palácio do Planalto a desistir do polêmico projeto de criação do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ). Segundo notícia publicada na Agência Reuters, o Governo Federal negocia com o PFL rejeitar a proposta que cria o Conselho em troca de apoio político para melhorar a relação com uma parte da oposição. O acordo inclui também o reinício dos trabalhos na Câmara, que estão estagnados há mais de dois meses por causa da obstrução dos partidos de oposição.

Informação: Coletiva.net

CCJ renova concessões de radiodifusão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou na última terça-feira (26) 14 projetos de decreto legislativo que autorizam ou renovam concessões de serviços de radiodifusão em vários estados. As propostas, de autoria da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, serão agora analisadas pelo Senado Federal.
As emissoras beneficiadas são as seguintes:

ALAGOAS
Alagoas Rádio e Televisão Ltda. - Maceió

CEARÁ
Associação Cultural Santa Ediwiges - Fortaleza
Associação Comunitária dos Moradores do Bairro Quinze de Novembro - Pentecoste
Associação Comunitária Cultura e Cidadania de Jardim - Jardim

GOIÁS
Associação Comunitária Santa Luzia - Aparecida de Goiânia

PARÁ
Associação Comunitária Unidos para Sempre - Conceição do Araguaia
Rádio Pérola FM Ltda. - Bragança

PARANÁ
Associação Comunitária de Desenvolvimento Cultural e Artístico de Jaguapitã - Jaguapitã
Associação Amigos de Pinhais - Pinhais
Associação Comunitária Cultural Alto Alegre - Cascavel
Rádio Comunitária Terra FM - Terra Rica

PERNAMBUCO
Fundação Emissora Rural A Voz do São Francisco - Petrolina

RIO DE JANEIRO
Rádio Contemporânea Ltda. - Rio de Janeiro

SÃO PAULO
Rádio Alvorada de Estrela D"Oeste Ltda. - Estrela D"Oeste

Informação: Agência Câmara

Campanha contra Baixaria manifesta apoio à Ancinav

O anteprojeto de lei de criação da Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual - Ancinav, apresentado pelo Ministério da Cultura, recebeu apoio da Campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania", da Comissão da Direitos Humanos da Câmara. O coordenador da Campanha, deputado Orlando Fantazzini (PT-SP) entregou, hoje, ao Ministro da Cultura, Gilberto Gil, um documento elogiando a iniciativa do Governo de colocar o anteprojeto em debate.

Consulta pública
A proposta de transformação da Ancine em Ancinav esteve em consulta pública até primeiro de outubro e as mensagens estão sendo encaminhadas ao comitê da sociedade civil do Conselho Superior do Cinema, onde vão ser discutidas. De acordo com o deputado Orlando Fantazzini, é preciso que a sociedade brasileira esteja consciente de que as rádios e TVs do país têm obrigação de respeitar os direitos humanos.
Fantazzini afirmou que o apoio ao Ministro Gilberto Gil demonstra a preocupação dos integrantes da comissão com os atuais controladores do conteúdo áudiovisual nacional, que não querem mudanças nas regras. "Como o espaço que temos na mídia comercial, é um espaço negativo, sentimos na pele aquilo que a mídia comercial fez com o Ministro Gil ao apresentar uma proposta que foi amplamente debatida com setores da sociedade, mas recebeu por parte da mídia comercial uma carga negativa, contra a proposta. É uma questão de reconhecimento de que é necessário estipular algum controle sobre os meios de comunicação. Aqueles que têm faturado muito com a exibição de filmes na televisão, têm também que dar a contribuição para que haja uma produção nacional de cinema", afirma Fantazzini.

Objetivos comuns
O ministro Gilberto Gil, segundo Orlando Fantazzini, agradeceu o apoio e afirmou que é preciso estreitar os laços, porque o objetivo da Campanha contra a baixaria e do anteprojeto do Governo é o mesmo, o de criar marcos regulatórios que garantam os interesses das emissoras, mas acima de tudo o interesse da sociedade e do telespectador.

Informação: Agência Câmara

Propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão termina hoje

A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão termina hoje (29). As emissoras também terão como limite essa data para a realização de debates entre os candidatos.

No dia 31 de outubro, eleitores de 44 municípios voltarão às urnas para eleger os prefeitos. O eleitor que estiver fora do seu domicílio eleitoral deverá justificar a ausência do voto.

Informação: Sulrádio/ Terra

Minicom enfrenta resistência de empresários

Após anos de discussão, ainda não há consenso sobre o padrão ou sistema de TV digital no Brasil. Durante o painel que tratou de políticas do setor de comunicações na Futurecom, as empresas envolvidas com o assunto não conseguiram avançar numa solução. O secretário de telecomunicações do Minicom, Antonio Mauro Barbosa de Oliveira, lembrou que o ministro Eunício de Oliveira levará ao presidente Lula, em 10 de março do próximo ano, o resultado da pesquisa feita entre estudiosos, coordenada pelo CPqD, que deverá responder qual o padrão a ser adotado no País.

O presidente da Net Serviços e presidente do conselho da ABTA, Francisco Valim, disse que haverá uma segunda reunião do Minicom em cerca de duas semanas e que as discussões ainda estão no começo. Valim criticou a possibilidade de se criar um padrão local e argumentou que há escassez de recursos para isto.

O ex-ministro e presidente da consultoria Orion, Juarez Quadros do Nascimento, discordou do secretário em relação ao desenvolvimento de produtos de alta tecnologia internamente e justificou que não há recursos nem tempo para isto - seriam necessários cinco anos e milhões de dólares -, e muito menos demanda. Hélio Graciosa, do CPqD, argumentou que se poderia usar recursos do Funttel, mas a idéia novamente foi rechaçada por Quadros: "O Funttel não foi feito para isto." Valim, por sua vez, lembrou a importância da escala e comparou a TV digital com a tecnologia GSM para celular que, por sua demanda massiva mundial, chegou a baixo custo no Brasil e permitiu o acesso de usuários de baixa renda. O secretário de telecomunicações disse que, dependendo do resultado da pesquisa, o Brasil poderá até exportar para países subdesenvolvidos, o que ajudaria a criar escala.

Fonte: Sulrádio/ Tela Viva News